sexta-feira, 23 de maio de 2014

Muiito Bom!! Vale a pena assistir...
Documentário. Resumo histórico da gravura com base em depoimentos de artistas que se utilizam desta técnica em suas obras: Lívio Abramo, Oswaldo Goeldi, Carlos Scliar, Renina Katz, Marcello Grassmann, Fayga Ostrower, Anna Letycia, Anna Bella Geiger, Maria Bonomi, Rubem Grilo, Evandro Carlos Jardim e Cláudio Mubarac. O vídeo foi realizado para o evento “Investigações: A Gravura Brasileira” no Itaú Cultural, em 2000


Postado por: Mayara Mayer (XiloArt)

sábado, 17 de maio de 2014

Mauro Andriole
(Gravuras)



Arte e Sobrevivência 01
Monotipia Linóleo, 2003
Dimensões: 21 x 31 cm


Arte e Sobrevivência 02
Monotipia Linóleo, 2003
Dimensões: 21 x 31 cm


Arte e Sobrevivência 03
Monotipia Linóleo, 2003

Dimensões: 21 x 31 cm 


Arte e Sobrevivência 04
Monotipia Linóleo, 2003



 
Arte e Sobrevivência 05
Monotipia Linóleo, 2003
Dimensões: 21 x 31 cm


Arte e Sobrevivência
Digigrafia**, 2002
Dimensões: 0,70 X 0,50 m 
http://www.casadacultura.org/arte/desen_grav/mauro_andriole/mauro_andriole_grav_idx.html
Durante a década de 50, o Rio de Janeiro destacou-se como principal centro gerador da produção de gravura em nosso país. A presença de Oswald Goeldi, Iberê Camargo e Lívio Abramo na então capital federal serviu como fator aglutinador. Diversos gravadores vieram para temporadas de estudos no Rio.
"A criação: adão e eva", xilogravura, Gilvan Samico.
É importante notar que, a partir dos anos 50, a gravura de origem expressionista, originária do sul e sudeste, passa a dialogar com a produção nordestina, de forte influência popular, em especial as xilogravuras de literatura de cordel. Destaca-se  Gilvan Samico por sua capacidade de sintetizar o espírito de construção modernista com a cultura tradicional nordestina. Suas gravuras constituem um dos mais significativos exemplos da arte brasileira, sua produção é atemporal e recusa fronteiras. Ela mergulha na mística, na simbologia, na religiosidade popular. Cada gravura de Samico é uma demonstração da capacidade da arte de comentar o universal sem abandonar o individual.
Na Segunda metade da década de 50, a produção de gravura em São Paulo passou a se destacar, graças a Lívio Abramo, Renina Katz e  Marcelo Grassmann. Este último, com uma obra de profunda dramaticidade, povoada por homens e animais que atuam como verdadeiros arquétipos das forças antagônicas, da Vida e da Morte. Nesse momento ainda, a gravura amplia suas ações: além dos compromissos com a ilustração, com a denúncia, com o papel social da arte, ela passa a buscar uma integração com a arquitetura, com a ambientação, com o espaço de convívio. Esse é o caso de Maria Bonomi que desenvolveu na xilogravura imagens de grandes dimensões de extraordinária beleza que se destacam no cenário da arte moderna do Brasil.
"5823", xilogravura, 1958. Fayga Ostrower.
A valorização da gravura brasileira nos anos 50 deve-se principalmente à Fayga Ostrower, pioneira da abstração. À precisão técnica, Fayga sempre soube aliar uma profunda compreensão do espaço moderno. Suas manchas de cor articula-se para a criação de um discurso extremamente sofisticado onde as formas dialogam orientadas por uma sólida base teórica.
O ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro marca o momento áureo da gravura brasileira: final da década de 50 e início dos anos 60. Johnny Friedlander, que já havia sido professor de Arthur Luiz Piza,  Flávio Shiró, Edith Behring e Sérvulo Esmeraldo em Paris, transfere-se para o Rio de Janeiro. Foi a primeira experiência de oficina planejada para a gravura e é graças a ela que a gravura em metal atinge sua maturidade, equiparando-se em nível técnico e experimental com a xilogravura, cujo principal centro passa a ser o Estúdio Gravura, comandado por Abramo e Bonomi em São Paulo. No Rio,  Rossini Perez,   Roberto De Lamonica e  Anna Letycia destacam-se como jovens professores.
"Tatus", gravura em metal, 1961. Anna Letycia.
Com a influência da Pop Art no Brasil a gravura passa a merecer destaque ainda maior. As imagens impressas constituem elemento fundamental para o conceito Pop. O destaque nesse momento é Anna Bella Geiger, aluna de Fayga Ostrower, que dá continuidade às pesquisas e mergulha numa fase orgânica para, posteriormente, dentro dos postulados de superação do movimento neoconcretista, fazer da sua ação resultado da experimentação baseada no conceito e não na prática artesanal. Ana Bella soube dessacralizar a gravura e a sua influência é ainda visível hoje nos jovens gravadores do Rio de Janeiro.
"sem título", 1966, xilogravura. Anna Bella Geiger.
Nesse momento, a litografia, técnica usual para impressão de rótulos comerciais durante o século XX, e a serigrafia, ideal para estamparia, passam a adquirir a aura artística graças ao trabalho do serígrafo  Dionísio Del Santo e aos trabalhos de  Darel Valença com a litografia, técnica que iria desenvolver-se em São Paulo com a presença de  Octávio Pereira.
Ilustração para poema, gravura, Darel.
Para alguns artistas, somente a xilo e o metal constituem técnicas de gravura, já que as matrizes são entalhadas e os sulcos causados pelas goivas, pela ponta-seca ou pela ação de ácidos corrosivos fazem com que a impressão se dê através do negativo e da inversão. Tanto a litografia quanto o silk-screen e mais ainda, a monotipia são, na verdade, grafias sobre o suporte.
Nos anos 70, os jovens artistas direcionavam suas pesquisas para a descoberta de suportes não tradicionais. As técnicas de reprodução foram incorporadas ao mercado de arte, interessado tão somente em editar imagens de artistas consagrados, viabilizando a sua aquisição por um preço mais acessível. Num país sem tradição deu-se o domínio da malandragem: imagens de baixa qualidade e sem nenhum valor artístico passaram a seduzir uma pequena burguesia enriquecida interessada em adquirir somente as assinaturas. Uma grande parte da produção de gravura desse período nada mais é que cópia mal feita de imagens pictóricas. Os verdadeiros artistas gravadores refugiam-se em pequenos núcleos de resistência e se dedicam ao ensino da técnica para as novas gerações. É o caso de Evandro Carlos Jardim em São Paulo e de Anna Letycia no Rio de Janeiro, que determinaram os pilares da nova produção da gravura surgida no final da década de 70 e início da de 80.
"Estras irregulares sobre o vidro fantasia brilhante", Evandro Carlos Jardim.
Nos anos 80 a valorização da ações artesanais fez da gravura uma importante técnica de veiculação de imagens. Já a partir da década de 90, a produção da gravura foi variada e se espalhou por todo o país.

Tipos de papel – Pintura, desenho e gravura

Para cada obra de arte que você fizer, é necessário que você utilize um papel adequado. Portanto, confira os diferentes tipos de papel e seja um artista!

Documentário. Resumo histórico da gravura com base em depoimentos de artistas que se utilizam desta técnica em suas obras: Lívio Abramo, Oswaldo Goeldi, Carlos Scliar, Renina Katz, Marcello Grassmann, Fayga Ostrower, Anna Letycia, Anna Bella Geiger, Maria Bonomi, Rubem Grilo, Evandro Carlos Jardim e Cláudio Mubarac. O vídeo foi realizado para o evento “Investigações: A Gravura Brasileira” no Itaú Cultural, em 2000.
http://novo.itaucultural.org.br/canal-video/aspectos-da-cultura-brasileira-gravuras-e-gravadores/

Vale a pena assistir muito bom!!
Uma dica muito boa para a leitura sobre Gravura "Mestres da Gravura"
Coleção Fundação Biblioteca Nacional lhttp://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon1342857.pdf


sábado, 10 de maio de 2014

O rinoceronte de Dürer

 A imagem foi baseada em uma descrição escrita e em um esboço, ambos de autoria anônima, de um rinoceronte-indiano que chegou a Lisboa no início daquele ano.
Valentim Fernandes, um mercador e editor gráfico de origem alemã, da Morávia, viu o rinoceronte em Lisboa pouco depois da sua chegada, e escreveu uma carta, a descrevê-lo, a um amigo de Nuremberg, em Junho de 1515.Uma segunda carta, de autor desconhecido, foi enviada de Lisboa para Nuremberg na mesma altura, com um desenho de autor desconhecido. Dürer - que estava familiarizado com a comunidade portuguesa da feitoria de Antuérpia - teve acesso à segunda carta e desenhos em Nuremberg. Sem ter sequer visto o próprio rinoceronte, Dürer fez dois desenhos a caneta, e depois uma xilogravura, invertida, a partir do segundo desenho.

A xilogravura de Dürer não é uma representação precisa de um rinoceronte. Ela apresenta um animal com placas muito duras que cobrem o seu corpo como camadas de armadura, um plastrão e rebites ao longo das costuras; também tem um pequeno corno na zona do dorso, pernas com escamas e a parte superior da coxa em forma de serra. Nenhuma destas características físicas estão presentes num rinoceronte verdadeiro.  a "armadura" de Dürer pode representar as pesadas camadas de pele espessa de um rinoceronte indiano, ou, tal como as outras imprecisões, podem ser acrescento criativos ou fruto de um interpretação errada de Dürer. Albrecht também dá uma textura escamosa ao corpo do animal, incluindo a "armadura". Esta representação pode ser uma tentativa de Dürer de refletir o couro rude e quase desprovido de pêlos do rinoceronte indiano, que tinha verrugas - como altos a cobrir as suas pernas e ombros. Por outro lado, a sua representação da textura pode indicar a presença de dermatite causada pelo seu confinamento, durante quase quatro meses, na viagem de barco desde a Índia até Portugal. Dürer produziu o primeiro esboço da xilogravura em 1515, a qual apenas inclui cinco linhas de texto no seu topo. A posição notável da imagem de Dürer, e seus derivados, decaíram a partir de meados do século XVIII, quando rinocerontes vivos foram trazidos para a Europa, exibidos a um público curioso, e retratados em representações mais reais.


Rinoceronte, 1515, Xilogravura

Rinoceronte Indiano




Postado por: Mayara Mayer (XiloArt)