sábado, 10 de maio de 2014

Albrecht Dürer

   Albrecht Dürer (1471-1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico. Trabalhou temas religiosos, nus femininos e masculinos. As suas xilogravuras, consideradas revolucionárias são marcadas pelo estilo gótico. É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aquarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens.
   Dürer nasceu no dia 21 de maio de 1471 em Nuremberga, filho de Albrecht Dürer e Bárbara HallerinA princípio seguiria a profissão do pai, se não tivesse ele demonstrado enorme talento, aos 15 anos de idade, quando começou como aprendiz de Michael Wolgemut (grande artista de Nuremberga) em 1486, onde trabalhou durante três anos. Ao mesmo tempo em que aprendia pintura com Wolgemut, aprofundava os seus conhecimentos sobre técnicas de gravura em metal (como a técnica em ponta-seca) e em madeira, e artistas representativos do estilo alemão como Schongauer e o Mestre de Housebook inspiraram-no a criar o seu próprio estilo.
   A tarefa que Dürer prosseguirá seria a de fornecer um modelo em que os seus compatriotas poderiam combinar o interesse empírico pelos detalhes naturalistas com os aspectos teóricos da arte italiana (texturas requintadas, cores brilhantes e formas muito detalhadas). Dürer defendeu que a geometria e as medidas eram a chave para a compreensão da arte renascentista italiana e, através dela, da arte clássica.
Cerca de 1507 até a data da sua morte foi tomando notas e executou desenhos para o seu tratado mais conhecido, Vier Bücher von menschlicher Proportion ("Quatro livros sobre as proporções humanas"), publicado postumamente em 1528.
   Realizou durante a década de 1495 a 1505 um grande número de obras, especialmente xilogravuras, que ajudaram a estabelecer sua reputação, notáveis pelas suas dimensões, equilíbrio e complexidade de composição. Entre elas está a série de ilustrações do Apocalipse (1498), consideradas como o início de uma nova era no que a esta arte diz respeito; as gravuras de A Grande Fortuna (1501 - 1502), (onde se sente a influência italiana, nas proporções vitruvianas e nos atributos da figura idealizada da deusa Fortuna ou Némesis) e A Queda do Homem (1504). Dürer orgulhava-se de tal modo desta última, que é a única onde inscreveu o seu nome por completo, na cartela pendente do ramo segurado por Adão, em contraste com as outras obras onde apenas apunha o seu famoso monograma.
   A série Apocalipse inclui quinze xilogravuras (excluindo os dois frontispícios da primeira e segunda edição), publicadas em forma de livro. Destas destaca-se, pela sua importância, 
"Os Quatro Cavaleiros", representando as forças da Morte, Guerra, Fome e Peste. O Apocalipse foi a obra que mais fama lhe rendeu. O tema refletia, ademais, de forma muito visionária, o clima socialmente atormentado do final do século XV. Esta e outras obras deste período mostram, no seu todo, um domínio técnico da arte da xilogravura e gravura cada vez maior, o uso de proporções humanas baseado nos textos do tratadista romano Vitrúvio e uma capacidade extraordinária de incorporar detalhes da natureza em obras que refletiam o seu contexto de origem com grande realismo.
Postado por: Mayara Mayer (XiloArt)

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