sexta-feira, 23 de maio de 2014

Muiito Bom!! Vale a pena assistir...
Documentário. Resumo histórico da gravura com base em depoimentos de artistas que se utilizam desta técnica em suas obras: Lívio Abramo, Oswaldo Goeldi, Carlos Scliar, Renina Katz, Marcello Grassmann, Fayga Ostrower, Anna Letycia, Anna Bella Geiger, Maria Bonomi, Rubem Grilo, Evandro Carlos Jardim e Cláudio Mubarac. O vídeo foi realizado para o evento “Investigações: A Gravura Brasileira” no Itaú Cultural, em 2000


Postado por: Mayara Mayer (XiloArt)

sábado, 17 de maio de 2014

Mauro Andriole
(Gravuras)



Arte e Sobrevivência 01
Monotipia Linóleo, 2003
Dimensões: 21 x 31 cm


Arte e Sobrevivência 02
Monotipia Linóleo, 2003
Dimensões: 21 x 31 cm


Arte e Sobrevivência 03
Monotipia Linóleo, 2003

Dimensões: 21 x 31 cm 


Arte e Sobrevivência 04
Monotipia Linóleo, 2003



 
Arte e Sobrevivência 05
Monotipia Linóleo, 2003
Dimensões: 21 x 31 cm


Arte e Sobrevivência
Digigrafia**, 2002
Dimensões: 0,70 X 0,50 m 
http://www.casadacultura.org/arte/desen_grav/mauro_andriole/mauro_andriole_grav_idx.html
Durante a década de 50, o Rio de Janeiro destacou-se como principal centro gerador da produção de gravura em nosso país. A presença de Oswald Goeldi, Iberê Camargo e Lívio Abramo na então capital federal serviu como fator aglutinador. Diversos gravadores vieram para temporadas de estudos no Rio.
"A criação: adão e eva", xilogravura, Gilvan Samico.
É importante notar que, a partir dos anos 50, a gravura de origem expressionista, originária do sul e sudeste, passa a dialogar com a produção nordestina, de forte influência popular, em especial as xilogravuras de literatura de cordel. Destaca-se  Gilvan Samico por sua capacidade de sintetizar o espírito de construção modernista com a cultura tradicional nordestina. Suas gravuras constituem um dos mais significativos exemplos da arte brasileira, sua produção é atemporal e recusa fronteiras. Ela mergulha na mística, na simbologia, na religiosidade popular. Cada gravura de Samico é uma demonstração da capacidade da arte de comentar o universal sem abandonar o individual.
Na Segunda metade da década de 50, a produção de gravura em São Paulo passou a se destacar, graças a Lívio Abramo, Renina Katz e  Marcelo Grassmann. Este último, com uma obra de profunda dramaticidade, povoada por homens e animais que atuam como verdadeiros arquétipos das forças antagônicas, da Vida e da Morte. Nesse momento ainda, a gravura amplia suas ações: além dos compromissos com a ilustração, com a denúncia, com o papel social da arte, ela passa a buscar uma integração com a arquitetura, com a ambientação, com o espaço de convívio. Esse é o caso de Maria Bonomi que desenvolveu na xilogravura imagens de grandes dimensões de extraordinária beleza que se destacam no cenário da arte moderna do Brasil.
"5823", xilogravura, 1958. Fayga Ostrower.
A valorização da gravura brasileira nos anos 50 deve-se principalmente à Fayga Ostrower, pioneira da abstração. À precisão técnica, Fayga sempre soube aliar uma profunda compreensão do espaço moderno. Suas manchas de cor articula-se para a criação de um discurso extremamente sofisticado onde as formas dialogam orientadas por uma sólida base teórica.
O ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro marca o momento áureo da gravura brasileira: final da década de 50 e início dos anos 60. Johnny Friedlander, que já havia sido professor de Arthur Luiz Piza,  Flávio Shiró, Edith Behring e Sérvulo Esmeraldo em Paris, transfere-se para o Rio de Janeiro. Foi a primeira experiência de oficina planejada para a gravura e é graças a ela que a gravura em metal atinge sua maturidade, equiparando-se em nível técnico e experimental com a xilogravura, cujo principal centro passa a ser o Estúdio Gravura, comandado por Abramo e Bonomi em São Paulo. No Rio,  Rossini Perez,   Roberto De Lamonica e  Anna Letycia destacam-se como jovens professores.
"Tatus", gravura em metal, 1961. Anna Letycia.
Com a influência da Pop Art no Brasil a gravura passa a merecer destaque ainda maior. As imagens impressas constituem elemento fundamental para o conceito Pop. O destaque nesse momento é Anna Bella Geiger, aluna de Fayga Ostrower, que dá continuidade às pesquisas e mergulha numa fase orgânica para, posteriormente, dentro dos postulados de superação do movimento neoconcretista, fazer da sua ação resultado da experimentação baseada no conceito e não na prática artesanal. Ana Bella soube dessacralizar a gravura e a sua influência é ainda visível hoje nos jovens gravadores do Rio de Janeiro.
"sem título", 1966, xilogravura. Anna Bella Geiger.
Nesse momento, a litografia, técnica usual para impressão de rótulos comerciais durante o século XX, e a serigrafia, ideal para estamparia, passam a adquirir a aura artística graças ao trabalho do serígrafo  Dionísio Del Santo e aos trabalhos de  Darel Valença com a litografia, técnica que iria desenvolver-se em São Paulo com a presença de  Octávio Pereira.
Ilustração para poema, gravura, Darel.
Para alguns artistas, somente a xilo e o metal constituem técnicas de gravura, já que as matrizes são entalhadas e os sulcos causados pelas goivas, pela ponta-seca ou pela ação de ácidos corrosivos fazem com que a impressão se dê através do negativo e da inversão. Tanto a litografia quanto o silk-screen e mais ainda, a monotipia são, na verdade, grafias sobre o suporte.
Nos anos 70, os jovens artistas direcionavam suas pesquisas para a descoberta de suportes não tradicionais. As técnicas de reprodução foram incorporadas ao mercado de arte, interessado tão somente em editar imagens de artistas consagrados, viabilizando a sua aquisição por um preço mais acessível. Num país sem tradição deu-se o domínio da malandragem: imagens de baixa qualidade e sem nenhum valor artístico passaram a seduzir uma pequena burguesia enriquecida interessada em adquirir somente as assinaturas. Uma grande parte da produção de gravura desse período nada mais é que cópia mal feita de imagens pictóricas. Os verdadeiros artistas gravadores refugiam-se em pequenos núcleos de resistência e se dedicam ao ensino da técnica para as novas gerações. É o caso de Evandro Carlos Jardim em São Paulo e de Anna Letycia no Rio de Janeiro, que determinaram os pilares da nova produção da gravura surgida no final da década de 70 e início da de 80.
"Estras irregulares sobre o vidro fantasia brilhante", Evandro Carlos Jardim.
Nos anos 80 a valorização da ações artesanais fez da gravura uma importante técnica de veiculação de imagens. Já a partir da década de 90, a produção da gravura foi variada e se espalhou por todo o país.

Tipos de papel – Pintura, desenho e gravura

Para cada obra de arte que você fizer, é necessário que você utilize um papel adequado. Portanto, confira os diferentes tipos de papel e seja um artista!

Documentário. Resumo histórico da gravura com base em depoimentos de artistas que se utilizam desta técnica em suas obras: Lívio Abramo, Oswaldo Goeldi, Carlos Scliar, Renina Katz, Marcello Grassmann, Fayga Ostrower, Anna Letycia, Anna Bella Geiger, Maria Bonomi, Rubem Grilo, Evandro Carlos Jardim e Cláudio Mubarac. O vídeo foi realizado para o evento “Investigações: A Gravura Brasileira” no Itaú Cultural, em 2000.
http://novo.itaucultural.org.br/canal-video/aspectos-da-cultura-brasileira-gravuras-e-gravadores/

Vale a pena assistir muito bom!!
Uma dica muito boa para a leitura sobre Gravura "Mestres da Gravura"
Coleção Fundação Biblioteca Nacional lhttp://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon1342857.pdf


sábado, 10 de maio de 2014

O rinoceronte de Dürer

 A imagem foi baseada em uma descrição escrita e em um esboço, ambos de autoria anônima, de um rinoceronte-indiano que chegou a Lisboa no início daquele ano.
Valentim Fernandes, um mercador e editor gráfico de origem alemã, da Morávia, viu o rinoceronte em Lisboa pouco depois da sua chegada, e escreveu uma carta, a descrevê-lo, a um amigo de Nuremberg, em Junho de 1515.Uma segunda carta, de autor desconhecido, foi enviada de Lisboa para Nuremberg na mesma altura, com um desenho de autor desconhecido. Dürer - que estava familiarizado com a comunidade portuguesa da feitoria de Antuérpia - teve acesso à segunda carta e desenhos em Nuremberg. Sem ter sequer visto o próprio rinoceronte, Dürer fez dois desenhos a caneta, e depois uma xilogravura, invertida, a partir do segundo desenho.

A xilogravura de Dürer não é uma representação precisa de um rinoceronte. Ela apresenta um animal com placas muito duras que cobrem o seu corpo como camadas de armadura, um plastrão e rebites ao longo das costuras; também tem um pequeno corno na zona do dorso, pernas com escamas e a parte superior da coxa em forma de serra. Nenhuma destas características físicas estão presentes num rinoceronte verdadeiro.  a "armadura" de Dürer pode representar as pesadas camadas de pele espessa de um rinoceronte indiano, ou, tal como as outras imprecisões, podem ser acrescento criativos ou fruto de um interpretação errada de Dürer. Albrecht também dá uma textura escamosa ao corpo do animal, incluindo a "armadura". Esta representação pode ser uma tentativa de Dürer de refletir o couro rude e quase desprovido de pêlos do rinoceronte indiano, que tinha verrugas - como altos a cobrir as suas pernas e ombros. Por outro lado, a sua representação da textura pode indicar a presença de dermatite causada pelo seu confinamento, durante quase quatro meses, na viagem de barco desde a Índia até Portugal. Dürer produziu o primeiro esboço da xilogravura em 1515, a qual apenas inclui cinco linhas de texto no seu topo. A posição notável da imagem de Dürer, e seus derivados, decaíram a partir de meados do século XVIII, quando rinocerontes vivos foram trazidos para a Europa, exibidos a um público curioso, e retratados em representações mais reais.


Rinoceronte, 1515, Xilogravura

Rinoceronte Indiano




Postado por: Mayara Mayer (XiloArt)


Algumas obras de Albrecht Dürer





"A lebre", 1502, aquarela e guache sobre papel, Albrecht Dürer, Dim: 25x23 cm

Graphische Sammlung Albertina, Viena.


A Queda do Homem (Adão e Eva), 1504, Albrecht Dürer -
Dim: 25.2 x 19.4 cm (9 15/16 x 7 5/8 in.).

Detalhe da obra - Assinatura de Dürer.

São João diante de Deus e os anciãos (Apocalipse), cerca de 1496,
Albrecht Dürer,  Block: 39.5 x 28.4 cm (15 9/16 x 11 3/16 pol) - Xilogravura.

Martirio de São João (Apocalipse), provavelmente 1498, Albrecht Dürer,  
Block: 38.8 x 28.2 cm (15 1/4 x 11 1/8 cm) - Xilogravura.

São Jorge a cavalo , cerca de 1504, Albrecht Dürer
Block: 21.0 x 14.2 cm (8 1/4 x 5 9/16 pol) - Xilogravura.

SAMSON rasgando O LEÃO, 1497-1498, Albrecht Dürer,  
Block: 38,2 x 28,0 cm (15 1/16 x 11 cm) - Xilogravura.

NOITE A CAVALO E Lansquenet, cerca de 1.497, Albrecht Dürer,
Block: 39.1 x 28.4 cm (15 3/8 x 11 3/16 pol) - Xilogravura.

Sagrada Família com Três Lebres sobre 1497, Albrecht Dürer,
Block: 39,2 x 28,0 cm (15 7/16 x 11 pol) - Xilogravura.

A Sauna Albrecht Dürer, provavelmente 1496, Albrecht Dürer,
Block: 39,0 x 28.3 cm (15 3/8 x 11 1/8 de pol) - Xilogravura.

Hercules, aprox. 1496, xilogravura - Dim.: 39.0 X 28.3 cm.

"Os quatro cavaleiros do apocalipse", 1498,
Albrecht Dürer, 39x28 cm - Xilogravura.

 O cavaleiro, a morte e o diabo, 1513, gravura em metal, Museu Boymans Van Beuningen, Rotterdam.

Detalhe da obra – Assinatura de Dürer.





Referência: http://www.mfa.org/node/695



Postado por: Mayara Mayer (XiloArt)






Albrecht Dürer

   Albrecht Dürer (1471-1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico. Trabalhou temas religiosos, nus femininos e masculinos. As suas xilogravuras, consideradas revolucionárias são marcadas pelo estilo gótico. É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aquarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens.
   Dürer nasceu no dia 21 de maio de 1471 em Nuremberga, filho de Albrecht Dürer e Bárbara HallerinA princípio seguiria a profissão do pai, se não tivesse ele demonstrado enorme talento, aos 15 anos de idade, quando começou como aprendiz de Michael Wolgemut (grande artista de Nuremberga) em 1486, onde trabalhou durante três anos. Ao mesmo tempo em que aprendia pintura com Wolgemut, aprofundava os seus conhecimentos sobre técnicas de gravura em metal (como a técnica em ponta-seca) e em madeira, e artistas representativos do estilo alemão como Schongauer e o Mestre de Housebook inspiraram-no a criar o seu próprio estilo.
   A tarefa que Dürer prosseguirá seria a de fornecer um modelo em que os seus compatriotas poderiam combinar o interesse empírico pelos detalhes naturalistas com os aspectos teóricos da arte italiana (texturas requintadas, cores brilhantes e formas muito detalhadas). Dürer defendeu que a geometria e as medidas eram a chave para a compreensão da arte renascentista italiana e, através dela, da arte clássica.
Cerca de 1507 até a data da sua morte foi tomando notas e executou desenhos para o seu tratado mais conhecido, Vier Bücher von menschlicher Proportion ("Quatro livros sobre as proporções humanas"), publicado postumamente em 1528.
   Realizou durante a década de 1495 a 1505 um grande número de obras, especialmente xilogravuras, que ajudaram a estabelecer sua reputação, notáveis pelas suas dimensões, equilíbrio e complexidade de composição. Entre elas está a série de ilustrações do Apocalipse (1498), consideradas como o início de uma nova era no que a esta arte diz respeito; as gravuras de A Grande Fortuna (1501 - 1502), (onde se sente a influência italiana, nas proporções vitruvianas e nos atributos da figura idealizada da deusa Fortuna ou Némesis) e A Queda do Homem (1504). Dürer orgulhava-se de tal modo desta última, que é a única onde inscreveu o seu nome por completo, na cartela pendente do ramo segurado por Adão, em contraste com as outras obras onde apenas apunha o seu famoso monograma.
   A série Apocalipse inclui quinze xilogravuras (excluindo os dois frontispícios da primeira e segunda edição), publicadas em forma de livro. Destas destaca-se, pela sua importância, 
"Os Quatro Cavaleiros", representando as forças da Morte, Guerra, Fome e Peste. O Apocalipse foi a obra que mais fama lhe rendeu. O tema refletia, ademais, de forma muito visionária, o clima socialmente atormentado do final do século XV. Esta e outras obras deste período mostram, no seu todo, um domínio técnico da arte da xilogravura e gravura cada vez maior, o uso de proporções humanas baseado nos textos do tratadista romano Vitrúvio e uma capacidade extraordinária de incorporar detalhes da natureza em obras que refletiam o seu contexto de origem com grande realismo.
Postado por: Mayara Mayer (XiloArt)

Francisco de Goya

   
 Francisco José de Goya y Lucientes nasceu em Fuendetodos, Saragoça, em 30 de março de 1746. Ainda jovem conseguiu uma bolsa na Real Academia de San Fernando em Madri.
     Em 1786 foi nomeado pintor da corte por Carlos III, nomeação confirmada por Carlos IV. Em 1799, era o primeiro pintor da corte, mas retirou-se em 1808, quando o trono foi ocupado por José Bonaparte.
     Reassumiu o cargo em 1814, com Fernando VII, mas a restauração do absolutismo levou-o a isolar-se na Quinta del Sordo, e em 1824, a mudar-se para Bordéus, na França.
     Goya começou sua obra pelos afrescos convencionais da capela de Nuestra Señora del Pilar, em Saragoça. Pintou em 1787 "O prado de São Isidro". Suas inclinações realistas só se afirmaram a partir de 1792, em quadros como "O manicômio", "O tribunal da Inquisición", "Procissão de flagelantes" e o mais marcante "O funeral da sardinha", cenas realistas em que há um fluxo subterrâneo de visões fantásticas.
     Em 1800, no auge do prestígio, pintou seus quadros mais discutidos, "Maja desnuda" ("Mulher despida") e "Maja vestida", e o famoso "A família de Carlos IV", que é um exemplo de como introduzia traços grotescos nas figuras. Em todos o realismo ora explode em erotismo, ora detém-se na análise desapiedada dos modelos.
     Goya pintou também os episódios da invasão francesa, como o "Três de maio", que representa uma cena de fuzilamento de composição insólita. "Sabá das bruxas" e "Saturno" são o ápice da carreira e manifestam uma visão sombria da realidade.
     Goya foi tão importante na pintura quanto na gravura, onde pôde manifestar de forma extremamente expressiva o espírito do humor espanhol, que tende para a deformação e até para o trágico. Predominam a sátira social, cheia de sarcasmo, os motivos eróticos e a feitiçaria, como obra oposta à razão, pois Goya era um iluminista e fustigava as crendices do tempo. Emblemática é a que traz a inscrição "O sono da razão produz monstros". O charlatanismo, a avareza, a vaidade, são seus alvos.
     A sátira está entretanto ausente na coleção mais célebre de Goya, "Os desastres da guerra" (1810-1814), na qual o artista rememora as atrocidades das invasões napoleônicas na Espanha. É também o Goya mais "heróico", que exalta os patrícios -- sobretudo as mulheres -- e mostra a infâmia dos invasores: uma sucessão de mutilações, fuzilamentos, saques, tentativas de estupro e outros males da guerra.
     A coleção de gravuras "Tauromaquia" escapa desse universo atormentado, para mostrar as façanhas e heróis célebres da plaza de toros. Nessa coleção, editada em 1816, Goya desenvolve um clima de dinamismo e tensão raros na arte da gravura.
     Por volta de 1819, realizou o último dos seus conjuntos e o de mais difícil abordagem, os "Disparates". Há neles um caráter crítico, em que volta o gênio sarcástico de "Os caprichos", mas os temas são genéricos e há maior liberdade de composição e de proporção das figuras.
     Existe ainda uma pequena série de obras litográficas. Das águas-fortes dispersas a mais impressionante é a intitulada "O colosso", um gigante sentado defronte a um quarto crescente, com o rosto voltado para o contemplador, talvez o emblema mais contundente dos enigmas de seu gênio artístico. Goya morreu em Bordéus, em 16 de abril de 1828.
1746.



O Prado de San Isidro em seu Dia de Festa, óleo sobre tela por Francisco De Goya (1746-1828, Spain)


"O Prado de San Isidro em seu Dia de Festa


Francisco De Goya - óleo sobre tela - 44 x 94 cm - 1788



A Madhouse, óleo por Francisco De Goya (1746-1828, Spain)


"A Madhouse"
Francisco De Goya - óleo
A Madhouse (Casa de locos) ou Asylum (Manicômio) é uma pintura a óleo sobre painel de Francisco de Goya. Ele produziu entre 1812 e 1819. Ele mostra um asilo mental, com seus habitantes, em muitos diferentes poses. Marcado por uma arquitetura Piranesian e claustrofóbico, fonte da pintura apenas a luz é uma janela gradeada no alto da parede, claramente destinado a reprimir os números abaixo. Estes números são personagens distintos, todos engajados em comportamento grotesco e lamentável - um usa o que parece ser um cocar de penas selvagem, outro está lutando em um tricorne, outro faz um gesto de bênção para o espectador, enquanto muitos outros estão nuas . O assunto de instituições psiquiátricas foi um tema quente nos salões do iluminismo espanhol e assim esta pintura poderia ser entendida como uma denúncia do então atual prática nessa área.. Goya foi sempre atraido a representar deformidade, loucura, ou perversão. Algumas das figuras também pode ser interpretado alegoricamente.




A Maja Desnuda.

Francisco De Goya - óleo
La Maja desnuda (conhecido em Inglês como The Naked (ou Nudez) Maja) é um óleo sobre tela do pintor espanhol Francisco Goya (1746-1828), retratando uma mulher nua reclinada em uma cama de travesseiros. Ele foi executado em algum momento entre 1797 e 1800, e às vezes é dito ser a primeira representação clara de pêlos pubianos feminino em uma grande pintura ocidental. A pintura está no Museu do Prado em Madrid desde 1910.

Disparate furioso, água forte por Francisco De Goya (1746-1828, Spain)

"Disparate furioso"
Francisco De Goya - água forte - 1823

Ninguém conhece ninguém, água forte por Francisco De Goya (1746-1828, Spain)
"Ninguém conhece ninguém"
Francisco De Goya - água forte - 21 x 15 cm- 1799





Em Judite e Holofernes a interpretação psicanalítica viu nele a representação da castração do homem poderoso e maduro. Não é desatinado ver um símbolo da relação sexual entre Goya e Leocádia Weiss.


"A romaria de Santo Isidro" mostra as constantes estilísticas mais características das Pinturas Negras.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Xilogravura

É a arte ou a técnica de produzir estampas com matrizes de madeira ela é a técnica mais antiga para produzir gravuras. O artista retira de uma superfície plana, a matriz geralmente é madeira as partes que ele não quer que tenham cor na gravura. Após aplicar
tinta na superfície, coloca um papel sobre a mesma. Ao aplicar pressão (com uma prensa) sobre essa folha a imagem é transferida para o papel.
Albrecht Dürer vai elevar a xilografia a níveis jamais imaginados. Em 1498 com a publicação “Apocalipse” ele introduz a xilografia efetivamente no campo artístico. As primitivas gravuras de linha negra com freqüência recebiam depois de estampadas, colorido á mão. Dürer enriqueceu de tal modo a gravação que a cor se tornou desnecessária substituída pela exuberância de traços. Tratamento em claro e escuro. 

Albrecht Dürer - Hercules / xilogravura 39.0 x 28.3 cm



Fayga Ostrower - Duas Figuras /  Xilogravura em madeira de topo sobre papel

Oswaldo Goeldi - "A loucura varre as ruas" / Xilogravura

Wassily Kandinsky - O cavaleiro azul / Xilogravura









Serigrafia

A serigrafia começa a ser aplicada mais freqüentemente por artistas na segunda metade do século XX. Como as técnicas descritas acima, a serigrafia apresenta diversas técnicas de gravação de imagem. Uma delas é a gravação por processo fotográfico. Imagens são gravadas na tela de poliéster e com a utilização de um rodo com a tinta a imagem é transferida para o papel.

Kauzo Wakabayashi - Carpa vermelha / Serigrafia -  100x70 cm

Andy Warhol - Marilyn Monroe / Serigrafia



















Litografia

Em 1796 Alois Senefelder descobriu as possibilidades da pedra calcária para fazer impressões e, após dois anos de experimentações desenvolveu a técnica da Litografia. Esta técnica parte do princípio químico que água e gordura se
repelem. As imagens são desenhadas com material gorduroso sobre pedra calcária e com a aplicação de ácido sobre a mesma, a imagem é gravada. Assim como a gravura em metal, essa técnica também necessita de uma prensa para transferir par ao papel a imagem gravada na pedra.

Bárbara Xumaia - Escola de Samba / Tipo de gravura - Litogravura - 68 x 50

Ernst Haeckel- Kunstformen der Natur  / Litografia

A gravura em metal

A técnica da gravura em metal começou a ser utilizada na Europa no século XV. As matrizes podem ser placas de cobre, zinco ou latão. Estas são gravadas com incisão direta ou pelo uso de banhos de ácido. Água-forte, água tinta, ponta seca são as técnicas mais usuais. A matriz é entintada e utiliza-se uma prensa para transferir a imagem para o papel.
GRAVURA EM METAL

Flávio Carvalho
Série - P.A. Dimensão –
50cm x 70cm

Linóleogravura

A linóleogravura é uma técnica de reprodução de imagem, onde o desenho é gravando (cavado) em uma placa que lembra uma borracha, utilizando goivas (pequenos formões) como ferramenta. Após a gravação a matriz (placa) recebe tinta que depois é gravada no papel utilizando uma prensa e depois é só colocar a gravura para secar.

Linóleo-Picasso


Linóleo-Picasso

O que é Gravura?

Gravura é todo tipo de imagem produzida por uma matriz, que poderá ou não produzir varias cópias que serão assina e numeradas uma a uma pelo artista. De um modo geral, chama-se "gravura" o múltiplo de uma Obra de Arte, reproduzida a partir de uma matriz. Mas trata-se aqui de uma reprodução "numerada e assinada uma a uma", compondo desta forma uma edição restrita. 
Tipos de gravura:

Existem vários tipos de gravura, ou, técnicas distintas de reproduzir uma Obra. As mais utilizadas pelos artistas são: o Linóleo, a gravura em Metal, a Litografia, a Serigrafia e a Xilografia.